segunda-feira, 11 de abril de 2011

09/Abril/2011




16:27
Nem sabia que dia era hoje. Para mim os dias passam sem data, e eu nunca paro pra pensar em que dia é hoje, que mês estamos, penso no máximo, no dia da semana.
Saí de casa ontem, as 7:16 da manhã e estou voltando agora, são 16:27 e meu ônibus parte as 16:45. O final de semana foi ótimo.
Ontem eu tive a minha última festa da escola e como já é de praxe, fui para casa da Sofie me arrumar. As 3:30, mais ou menos, pegamos carona com a mãe da Elisabeth até a cada da Janne, ambas amigas da escola.
A Janne era a anfitriã da vez, porque sempre antes de cada festa da escola nós fazemos uma førfest, só com as pessoas da sala. Todas as turmas fazem isso.
A førfest foi muito "Hyggeligt". Claro que o pessoal ficou muito doido, mas nem tanto dessa vez. Comemos pizza, bebemos, jogamos, conversamos e aproveitamos o sol, porque agora escurece cada vez mais tarde e a temperatura está cada vez melhor.
Depois da førfest tem sempre a festa de verdade. Pegamos o ônibus para a escola e eu dancei até o pé doer. Curti muito as minhas amigas e dancamos todas juntas. Foi uma ótima última festa.
As minhas newbies também estavam lá. A Macarena tava doidinha, doidinha.
Sofie, Elisabeth, Ak e eu pegamos o ônibus para a cidadde umas 00:15. Fomos prolongar a noite. Elisabeth dormindo em pé, Ak com a namorada e eu e Sofie dançando e rindo da vida.
Muita gente bebada, muita gente de todo o tipo, mas a gente curtiu do nosso jeito. Felizes e dancantes.
Eli foi com o namorado, Ak foi com a namorada. Encontramos uma Natasha muito bebada, e por fim, sobrou eu e Sofie.
Seu pai veio nos buscar e eu dormi lá, já que não tem ônibus para casa a noite.
Acordei cedo, para variar. Ok, até que não foi tão cedo assim, acordei nove e vinte, mas foi cedo pra quem dormiu tarde. Depois acordei Sofie, tomei banho e bem, o dia hoje tá lindo. Lindo, lindo, lindo.
Sol, calor, não tá ventando muito.
Sofie e eu, depois de passarmos quase uma hora vendo vídeos de todo o tipo de danca na internet, fomos aproveitar o dia lá fora, sem casacos e sem meias. Comendo morangos, abacaxi, uva e um ovinho de páscoa e tomando suco de macã.
Foi o que ela chamou de "sommerhygge"
Tiramos fotos, ouvimos música, rimos, conversamos e até dancamos mais um pouquinho. Hyggeligt, hyggeligt, hyggeligt.
A mãe dela fez um macarrão delicioso e comemos numa mesa do lado de fora da casa. Conversamos muito, eu, ela, seu pai e sua mãe. E eu falei que eles são muito bem vindos no Brasil. Família maravilhosa e que sempre me recebe muito bem. Além do que, eles acham incrível que a filha deles tem uma amiga brasileira, haha. Os avôs dela estão doidos para me conhecer. Eles moram na mesma cidade que eu estou morando agora.
Depois desse dia ao lado de ótima companhia, ótimo tempo e ótima comida (ah, morangos dinamarqueses *-*), eu estou voltando para casa e terminando esse texto no ônibus.
Hoje é dia de filmes com a família e relax. (Hygge de novo)
Amanhã vou ver a Natalie Dessay no cinema :D (IEI!!)


Agora são 16:54 e o sol continua a mil. :)



Sofie, jeg kommer at savner dig, rigtig meget. Du var en fantastisk veninde til mig, og jeg vil gerne siger tak. Tak for vores hyggeligt café, og tak for vores hyggeligt danse klasse.Tak for alt. Det var altid sjovt at være sammen med dig, og du var min første dansk veninde og nu, min bedst dansk veninde. Du ved, at du er meget velkommen i Brasilien, og jeg vil venter på din besøg der.

sábado, 9 de abril de 2011

08/Abril/2011

Decidir e ir fazer o intercâmbio foi uma das coisas mais doidas que eu já fiz na minha vida, e eu não me arrependo nem um instante disso.
A gente passa por muita coisa, vive muita coisa, mas tudo vem de uma forma positiva e te ajuda a crescer. Nada foi, ou é, em vão.
Eu consigo lembrar, como se fosse ontem, o dia que eu cheguei aqui. Dinamarca! Promissora e até então, misteriosa.
Eu lembro dos cheiros, lembro das cores, das descobertas. Para mim, é como se eu tivesse saído do avião ontem, no entanto, quase um ano se passou e é difícil acreditar.
O tempo corre e aqui a gente aprende que ele não espera. Aqui a gente aprende que realmente não existe o dia de amanhã. A gente vive tudo o que tem pra viver e aprende o valor das coisas. Aprende, também, a viver com o que tem, do jeito que dá e tirando o melhor disso.
A gente aprende que a neve é um saco, e só é bonita no primeiro dia. A gente aprende que 17 graus é calor, saí até de cabelo molhado e tira foto de regata do lado de fora de casa. A gente aprende a amar o Brasil e agradecer pelo nosso país tropical! Ai que comida boa, ai que calorzinho gostoso.
A gente aprende tudo isso e lembra da vida de antes. Como tá tudo diferente, tá tudo mudado.
Ai que saudade de casa.
E pensar em casa dói, bate lá dentro, aperta no peito.
Mas depois você pensa na casa que você construiu aqui, na vida nova que surgiu, nos novos amigos que vieram. Dói lá dentro de novo e você já não sabe mais. Onde é a minha casa? Onde é o meu lar?
Essas perguntas, antes respondidas com tanta certeza, agora parecem não ter solução. A dúvida perdura, bate e volta, e não se resolve, não vai embora. E nós, intercambistas sofridos, ficamos ficamos indo e vindo nas emoções, que brincam tanto com a gente.
Triste e feliz, triste e feliz. Não dá pra se decidir?
Quero ir, não quero, quero ficar! Não quero...
O desespero da dúvida me coloca contra a parede e grita: "Ei, você! Para com isso!". Mas quem é que manda no coração? Quem pode pedir pra ele se decidir?
É por isso que eu digo que o intercâmbio foi a coisa mais doida que eu já fiz. É a coisa mais doida porque é uma montanha russa, um sobe e desce de emoções. É cheio de pontos altos, mas também cheio de pontos baixos... E é assim, não tem como não ser, não tem como mudar.

Ninguém disse que ia ser fácil.

A verdade é que isso tudo era muito mais do que eu esperava, e por mais madura que um dia eu achei que eu fosse, eu cheguei aqui, vi o tanto que o mundo é grande, e vi que eu não era nada. E ainda não sou. Ainda tenho muito o que aprender e crescer.

Agora me restam uns três meses, e eu vou fazer o que for possível para viver os últimos segundos intensamente.
Motivos não faltam, programas não faltam, amigos não faltam.
E eu agradeço, agradeço muito aos meus amigos, assim como a minha família e a todos que ajudaram a fazer desse ano, o melhor ano da minha vida.

E que venha o EUROTOUR!