sábado, 9 de abril de 2011

08/Abril/2011

Decidir e ir fazer o intercâmbio foi uma das coisas mais doidas que eu já fiz na minha vida, e eu não me arrependo nem um instante disso.
A gente passa por muita coisa, vive muita coisa, mas tudo vem de uma forma positiva e te ajuda a crescer. Nada foi, ou é, em vão.
Eu consigo lembrar, como se fosse ontem, o dia que eu cheguei aqui. Dinamarca! Promissora e até então, misteriosa.
Eu lembro dos cheiros, lembro das cores, das descobertas. Para mim, é como se eu tivesse saído do avião ontem, no entanto, quase um ano se passou e é difícil acreditar.
O tempo corre e aqui a gente aprende que ele não espera. Aqui a gente aprende que realmente não existe o dia de amanhã. A gente vive tudo o que tem pra viver e aprende o valor das coisas. Aprende, também, a viver com o que tem, do jeito que dá e tirando o melhor disso.
A gente aprende que a neve é um saco, e só é bonita no primeiro dia. A gente aprende que 17 graus é calor, saí até de cabelo molhado e tira foto de regata do lado de fora de casa. A gente aprende a amar o Brasil e agradecer pelo nosso país tropical! Ai que comida boa, ai que calorzinho gostoso.
A gente aprende tudo isso e lembra da vida de antes. Como tá tudo diferente, tá tudo mudado.
Ai que saudade de casa.
E pensar em casa dói, bate lá dentro, aperta no peito.
Mas depois você pensa na casa que você construiu aqui, na vida nova que surgiu, nos novos amigos que vieram. Dói lá dentro de novo e você já não sabe mais. Onde é a minha casa? Onde é o meu lar?
Essas perguntas, antes respondidas com tanta certeza, agora parecem não ter solução. A dúvida perdura, bate e volta, e não se resolve, não vai embora. E nós, intercambistas sofridos, ficamos ficamos indo e vindo nas emoções, que brincam tanto com a gente.
Triste e feliz, triste e feliz. Não dá pra se decidir?
Quero ir, não quero, quero ficar! Não quero...
O desespero da dúvida me coloca contra a parede e grita: "Ei, você! Para com isso!". Mas quem é que manda no coração? Quem pode pedir pra ele se decidir?
É por isso que eu digo que o intercâmbio foi a coisa mais doida que eu já fiz. É a coisa mais doida porque é uma montanha russa, um sobe e desce de emoções. É cheio de pontos altos, mas também cheio de pontos baixos... E é assim, não tem como não ser, não tem como mudar.

Ninguém disse que ia ser fácil.

A verdade é que isso tudo era muito mais do que eu esperava, e por mais madura que um dia eu achei que eu fosse, eu cheguei aqui, vi o tanto que o mundo é grande, e vi que eu não era nada. E ainda não sou. Ainda tenho muito o que aprender e crescer.

Agora me restam uns três meses, e eu vou fazer o que for possível para viver os últimos segundos intensamente.
Motivos não faltam, programas não faltam, amigos não faltam.
E eu agradeço, agradeço muito aos meus amigos, assim como a minha família e a todos que ajudaram a fazer desse ano, o melhor ano da minha vida.

E que venha o EUROTOUR!


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